Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2024

Miúdos a votos - II

  “Miúdos a votos” é uma iniciativa que procura promover a ideia de uma participação cívica pela apresentação e defesa das ideias que um determinado livro nos pode suscitar.       Na primeira fase os alunos que queiram participar devem indicar ( até 10 de novembro ) neste  formulário o título de um livro , o autor desse livro , o nome completo da escola e o ano de escolaridade . Deve ser indicado o título do livro e não o nome de uma coleção.     A partir das escolhas dos alunos haverá a constituição de uma lista a nível nacional que será revelada no dia 6 de dezembro.     Após este conhecimento propõe-se que os alunos realizem uma campanha eleitoral sobre um determinado livro e que durará de 20 de Janeiro a dez de março de 2025.  A votação final a realizar na escola realizar-se-á a 12 de março e o resultado final deve ser divulgado com a realização de uma atividade entre 12 de março e 30 de abril. Os resultad...

Leituras na Biblioteca - Matilde, um olhar de menina...

Era uma vez uma menina que gostava muito da natureza, em especial das árvores, dos animais e sentia-se muito feliz.  Todos os dias ela ia brincar ao ar livre.  As suas estações do ano preferidas eram o verão e a primavera, pois podia ir mais vezes para a natureza. No verão ela gostava muito de ir nadar no mar da praia. E na Primavera gostava de ouvir os pássaros a cantar as suas melodias. Ela era uma menina saudável porque comia muitos frutos. A sua árvore preferida era a laranja. Ela sentia-se muito feliz na natureza. Algumas das ideias visuais construídas pelos alunos (ABL3), a partir de uma biografia sobre Matilde Rosa Araújo. Na atividade as crianças conseguiram de diferente modo associar os planos da narrativa, a quinta, a natureza, os animais, a praia às suas construções visuais. Na escolha das palavras-chave identificaram aquilo que marcou a vida e a biografia de Matilde Rosa Araújo . atividade realizada a partir da leitura orientada do livro de Adélia de Carvalho, Mati...

Mês Internacional das bibliotecas Escolares

" A Biblioteca terá que ser o centro da sociedade. O homem é um animal leitor, leitor do mundo. Procuramos as constelações da narração: quem são os outros e onde estamos. Desenvolvemos o poder da imaginação. Somos capazes de criar o mundo, antes mesmo da criação do mundo. As bibliotecas são a memória privada e a memória pública. A biblioteca é autobiografia de cada um. É o rosto de cada um de nós. As bibliotecas são também a biografia da sociedade, a sua identidade. As bibliotecas públicas são o rosto da comunidade. Nós somos o que a biblioteca nos recorda o que somos. Um livro conta a experiência de cada um, onde estão as paixões mais secretas e os desejos mais íntimos. "Clínica da alma" é a sua melhor definição. A centralidade da atividade inteletual está na clínica da alma!"...   Alberto Manguel, "Reading and Libraries", 11º Congresso da BAD

Livros do mês - Outubro III

 "Era linda a água vista do sol! Depois, pela vida fora, a água da fonte eram vocês... Água pela qual seria capaz de partir todos os copos de cristal." (Matilde Rosa Araújo) Era uma vez uma menina com cabelos loiros caídos até aos ombros. Dos seus olhos claros - diz quem alguma vez os fixou - transbordava um mar de interminável ternura. Olhava para tudo como se fosse sempre a primeira vez. E a sua voz era uma das mais meigas e suaves que alguma vez se escutou. Eu, que a ouvi muitas vezes, digo-vos que Matilde nunca deixava de falar com a alma e o coração. Vivia numa quinta grande dos avós. Nessa quinta existia um grande jardim de rosas vermelhas e violetas rasteiras. A porta da entrada era decorada por uma frondosa trepadeira de flores que ora pareciam azuis ora roxas. Matilde chamava-lhe Buga. Nas noites quentes, quando o cheiro da trepadeira inundava o jardim, Matilde e a amiga tinham longas conversas. Era um segredo só das duas. Matilde, gostava tanto dela, que quando o se...

As mais belas coisas do mundo I

   "(...)Nesse tempo, meu avô perguntou quais seriam as mais belas coisas do mundo. Eu não soube o que dizer:   Pensei que poderiam ser os filhotes de cão, alguns gatos, o fim do sol, o verão inteiro, o comportamento dos cristais, a muita chuva, a cara das mulheres, o circo, os lobos, as casas com chaminé, o cimo da montanha, a nuvem que vimos igualzinha a um avião, o quadro pintado pendurado na sala, perfeitinho, mesmo que as árvores inclinassem um bocado tortas.     Pensei que as mais belas coisas do mundo haveriam de ser as amarelas e as vermelhas.     Ele sorriu e quis saber se não haviam de ser a amizade, o amor, a honestidade e a generosidade. o ser-se fiel, educado, o ter-se respeito por cada pessoa. Ponderou se o mais belo do mundo não seria fazer-se o que se sabe e pode para que a vida de todos seja melhor.     Convenci-me de que as mais belas coisas do mundo se punham enquanto profundo e urgentes mistérios. (...)    A bele...

Semana da alimentação III

A Biblioteca em articulação com o PES e com a Ciência Viva tem vindo a realizar algumas sessões sobre a alimentação mediterrânica e o desperdício alimentar. Os alunos tomaram contacto com algumas das ideias que organizam a dieta mediterrânica tendo sido disponibilizado um folheto sobre três dos alimentos que integram esta alimentação. Foi dada uma contextualização histórica ao que é a alimentação mediterrânica, nomeadamente o seu património cultural como valor imaterial da humanidade e a sua ligação *as civilizações do Mediterrâneo. Foram assim destacados o sal, o vinho, o azeite e os cereais. Foram abordados os aspetos nutricionais e a sua influência na saúde humana. Numa segunda vertente os alunos foram confrontados com a temática do desperdício e da fome e o que pode ser feito para ajudar localmente a dar uma resposta individual a esta questão. Com base num diálogo conversámos sobre as medidas que podem ser tomadas no quotidiano para limitar o desperdício de alimentos. Os alunos p...

"Miúdos a votos" - Participa!

"Miúdos a votos"  é uma iniciativa da Visão Júnior   e da Rede de Bibliotecas Escolares  que procura juntar "cidadania e leitura, dando voz aos estudantes e aumentando a sua participação na vida da escola." (Visão Júnior). Para apoiar as diferentes fases as entidades promotoras deste iniciativa irão disponibilizar três webinars, abertos a quem quiser participar e que terão as seguintes temáticas: Como encontrar o livro (31 de outubro); Como criar um podcast (10 de janeiro); O teu voto conta! (7 de março). Para mais informações podes falar com o teu professor titular de turma (1.º Ciclo), professor de Português (2.º e 3.º Ciclos) ou o professor bibliotecário . Esclarece as tuas dúvidas! Participa!

Semana da alimentação III

 A alimentação mediterrânica e o desperdício alimentar Para responderes clica no link acima ou na imagem.

Semana da alimentação - II

 

Dia mundial da alimentação

 

Livros do mês - outubro - II

  "O que pode acontecer quando um livro se encontra inesperadamente no seu quotidiano com alguém e se essa pessoa for a Rainha, o que poderá ocorrer? Num passeio com os seus cães, a Rainha descobre uma carrinha de livros de uma biblioteca itinerante. Pode esse encontro mudar algo do seu quotidiano?  "A Rainha nunca se interessara muito pela leitura. Lia, é claro, como toda a gente, mas gostar de livros era algo que deixava aos outros. Era um passatempo e fazia parte da natureza do seu cargo não ter passatempos. A sua função era mostrar interesse por, não deixar que ela própria se interessasse. Além disso, ler não era fazer. Ela era alguém que faz. (...) Passados algumas semanas a Rainha sentiu-se perturbada e a pensar porque é que, neste momento particular da sua vida, sentira subitamente atração pelos livros. Donde surgira esse interesse? Sim, poucas pessoas tinham visto mais mundo do que ela. Estando ela própria na tribuna do mundo, porque se entusiasmava agora co...

Na memória de Agustina

" Todos os meus livros são, afinal, só isso, a oportunidade de milhões de almas, únicas, todas elas, almas de sapinhos cheios de importância de viver. [...] Uns partem um pouco depois de dizerem bom dia, outros ficam até morrer. Todos se continuam naquilo que têm de profundamente entre si - a vocação para serem sós, porém aceites por cada uns dos outros. Porque a solidão que me acusam de impor aos meus personagens, como uma grilheta, é apenas a sua individualidade biológica, a exclusividade, a reivindicação superior da sua própria luta. Um homem jamais corresponde a outro homem; as suas reações e conclusões não equivalem a vivência de outra alma, a experiência do outro eu. O mistério do eu cumpre-se em cada homem de forma única. " (1) “ Há muitas coisas belas na terra, mas nada iguala a recordação de um dia de Verão que declina, e temos 11 anos e sabemos que o dia seguinte é fundamental para que os nossos desejos se cumpram. Quem conservar este sentimento pela vida fora está ...

Filosofia para crianças - o que podemos pensar?

A palavra ainda parece criar dificuldades e, no entanto, ela refere-se a algo que já foi inventado há muitos séculos na antiga civilização grega. Vivemos num mundo habitado por pessoas, por coisas, ideias, sentimentos e quando cá chegamos, nós e todos os que são mais jovens defrontam-se com uma questão essencial. Como tudo começou e se tem uma duração limitada tem em si um valor muito valioso. Assim, como olhar para o que nos rodeia e pensar sobre aquilo que nos importa, que queremos conhecer. Oficina de Filosofia é apenas uma forma não de encontrar respostas, mas de fazer perguntas, de modo a estimular a capacidade de pensar e de fazer refletir sobre coisas simples, mas que afetam a vida de todos. O que é uma pergunta, que características tem e as palavras o que nos podem dizer, o que podemos fazer com elas. Por que gostamos de histórias e porque elas ensinam a imaginar a tantas coisas? Que coisas conseguimos explicar? O que lemos e o que sentimos pode ser expresso em palavras, ou os ...

As perguntas - a filosofia para crianças

  As perguntas que valor têm? Saber fazer perguntas é uma forma de compreender de um outro modo? Ao fazer uma pergunta o que se procura saber ou compreender? As palavras são importantes, umas mais que outras? Que palavras usamos para pensar as perguntas que queremos fazer? Serão as perguntas instrumentos da curiosidade e da construção da imaginação? A partir da obra de Valter Hugo Mãe, "As mais belas coisas do mundo" pensámos em perguntas e em formas de encontrar ideias sobre o que nos rodeia. Mais tarde publicaremos algumas das ideias ilustradas.  Algumas das perguntas feitas pelas crianças (ABL4)  e que pensámos em conjunto: • Porque existem coisas belas no mundo? • Quais são as coisas mais belas do mundo? • Como podem as pedras ter sede se elas não têm vida? • Porque pode o pensamento ser tão importante? • Porque é que a imaginação existe?

O escritor do mês de Outubro - Valter Hugo Mãe I (os livros)

  “Percebi que para dentro de nós há um longo caminho e muita distância. Não somos nada feitos do mais imediato que se vê à superfície. Somos feitos daquilo que chega à alma e a alma tem um tamanho diferente do corpo. Percebi que ver verdadeiramente uma pessoa obriga a um esforço como o de estarmos sentados nos nossos bancos a tomar conta do que passa pelos montes.”   Mãe, V. H. (2017). “O Rosto”, in Contos de cães e maus lobos . Porto: Porto Editora.  

Prémio Nobel da Literatura 2024

“ Será que é por existir dentro de nós uma qualquer brancura imaculada e inviolada que, quando nos deparamos com objetos tão límpidos, ficamos sempre comovidos? O percurso dela pelas ruas geladas condu-la ao prédio, onde o seu olhar se ergue para o primeiro andar. Para a frágil cortina de renda lá pendurada.  Há alturas em que o branco áspero da roupa de cama acabada de levar quase parece falar. É quando o tecido de algodão puro roça na sua pele desnudada, nesse preciso momento, que parece estar a dizer-lhe qualquer coisa. És uma pessoa notável. O teu sono é puro, e não tens de ter vergonha de estar viva. É esse o estranho conforto que ela sente, nesse intervalo em que o sono aflora junto à vigília e o lençol áspero de algodão lhe toca na pele. “ --- “Porque será que os minerais que brilham, como a prata, o ouro ou os diamantes, levam as pessoas a considerá-los nobres? Há uma teoria que justifica este facto e que defende que, para os primeiros homens, o brilho da água era um sinal ...

O escritor do mês

A escrita tem em si um mistério que nos faz admirar esse esforça de cativar a página em branco para algo. Por que escrevem pessoas as palavras para nós que ao lê-las nos tornamos os leitores, confidentes desses espaços de escrita que são memórias e imaginação de vidas que estão ao nosso lado, mesmo que muitas vezes em tempos diversos. A escrita é sobre livros, redutos de palavras e emoções de alguém que se afastou momentaneamente do mundo para depois o convocar para as suas expressões e ideias.  Na verdade temos uma grande dívida para quem escreve. Pois nas suas palavras cabem dimensões que torna o mundo melhor, mais compreensível nos seus aspetos de incerteza e dúvida. Nas palavras moram o reconhecimento de muitos mundos dando ao leitor a possibilidade de este se descobrir em possibilidades que são suas.  Nas palavras dos escritores mora a nossa atenção, onde se juntam atenção, ideias e sonhos. Nas palavras da escrita podemos ser gigantes e sempre com uma nova possibilidade a...

Dia mundial da alimentação I

 

Livros do mês - outubro - I

"O meu avô sempre dizia que o melhor da vida haveria de ser ainda um mistério e que o importante era seguir procurando. Estar vivo é procurar, explicava. Quase usava lupas e binóculos, mapas e ferramentas de escavação, igual a um detective cheio de trabalho e talentos. Tinha o ar de um caçador de tesouros e, de todo o modo, os seus olhos reluziam de uma riqueza profunda. Percebíamos isso no seu abraço. Eu dizia: dentro do abraço do avô. Porque ele se tornava uma casa inteira e acolhia-nos. Abraçar assim, talvez porque sou magro e ainda pequeno, é para mim um mistério tremendo.   Eu sei que ele queria chamar a atenção para a importância de aprender. Explicava sempre que aprender é mudar de conduta, fazer melhor. Quem sabe melhor e continua a cometer o mesmo erro não aprendeu nada, apenas acedeu[1] à informação. Ele achava que dispomos de informação suficiente para termos uma conduta mais cuidada. Elogiava insistentemente o cuidado. Era um detective de interiores, queria dizer, ...

Livros do mês...

  I niciamos esta semana o destaque dos livros que quinzenalmente destacaremos de formas diversas. A leitura, a sua promoção e a transformação que realizamos nas páginas das palavras são uma das mais importantes funções que uma biblioteca deve promover. Semanalmente destacaremos um livro que pela sua importância, pelos caminhos que abre aos leitores nos permitem fazer deles companheiros de uma viagem que é a do nosso quotidiano. Os livros escolhidos obedecem à ideia de divulgação de algo que nos pode fazer enriquecer o que somos, o que vivemos. Livros que connosco realizem essa viagem e que nos permita chegar ao plano elevado que que António Lobo Antunes exprimiu de forma sábia, "ilhas eternas de fraternidade". Embora tendo nós na ideia, um conjunto de opções a destacar estamos disponíveis para alterar o que for relevante para o próprio currículo escolar.   Os livros em destaque serão alvo de uma pequena apresentação no blogue. Estarão em suporte físico num espaço da bibliote...

Biblioteca imaginária - leituras partilhadas

“Todos os livros são infinitos. Começam no texto e estendem-se pela imaginação. Por isso é que os textos são mais do que gigantescos, são absurdos de um tamanho que nem dá para calcular. Mesmo os contos, de pequenos não têm nada. Se soubermos entender, crescemos também, até nos tornarmos monumentais pessoas. Edifícios humanos de profundo esplendor.” (Valter Hugo Mãe, Contos de cães e maus lobos ) Lemos as palavras, lemos o mundo, as emoções dos outros, lemos os lugares onde vivemos, lemos o que nos rodeia. Nos livros encontramos outros mundos, outras formas de ser, de pensar, reconhecemos os outros e tentamos conhecer melhor o mundo onde estamos. Na leitura e com os livros desenvolvemos a imaginação, criamos mundos próprios, podemos inventar o que ainda não existe. As palavras fazem a biografia do mundo, dos que cá estiveram antes de nós e os que ainda virão. Com elas lemos a identidade dos espaços onde vivemos e conhecemos a experiência de cada pessoa, os seus sonhos e os seus desejos...

Receção aos quintos anos

As turmas de quinto ano foram recebidas durante a segunda semana de aulas na biblioteca e realizaram um conjunto de atividades em torno da utilização da biblioteca e das diferentes áreas que a mesma tem para oferecer. Foi lido um conto de Valter Hugo Mãe "modo de amar" e foi possível conversar com os alunos sobre o papel dos livros e das bibliotecas. A imaginação e o modo como a podemos alimentar foi uma dos pontos conversados com os alunos das diferentes turmas. Cada aluno apresentou uma leitura realizada no passado e conversámos sobre o que ela tinha de marcante, o seu papel na memória de quem a leu. Foram apresentadas as palavras e o seu valor e cada aluno escolheu uma palavra mágica e pensámos sobre o valor que essas palavras desempenham em cada um.  Foi interessante verificar que foram destacadas palavras tão importantes como: - família; - amor; - mãe; - imaginação, - criatividades; - amigos; Falámos sobre o valor da pergunta e o que ela nos permite construir. Finalmente...