terça-feira, 31 de março de 2020
Concurso "A melhor Carta"
A Fundação Portuguesa das Comunicações organiza mais uma edição do concurso “A melhor carta”.
Lançamos o desafio a todos os que queiram participar, habilitando-se a fantásticos prémios (smartphones, livros, entre outros).Saiba mais aqui.
segunda-feira, 30 de março de 2020
Pordata e Pordata Kids: Curso online para Pais e Alunos do Secundário e exploração da Cidade Pordata Kids para crianças entre os 8 e os 12/14 anos
Aprender juntos, em Família e em Casa!
Pordata e Pordata Kids
Os jovens que se encontram a frequentar o ensino secundário podem realizar o curso online “Conhecer a Pordata”. Basta uma inscrição simples com um endereço de e-mail e ir seguindo os passos indicados. Tem a duração de cerca de 60 minutos e está dividido em 4 módulos, cada um dos quais inclui vários vídeos. No final de cada módulo é apresentado um questionário que serve para consolidar os conhecimentos adquiridos. Ultrapassados com sucesso todos os módulos, cada participante tem direito a um certificado digital. Acede-se aqui
sexta-feira, 27 de março de 2020
Dia Mundial do Teatro
Para comemorar este dia a Biblioteca convida a recordar Herberto Helder e Mário Viegas.
Ainda a propósito do Teatro..."Palavras de Bolso" Palavras de Bolso: 'Os benefícios da salsaparrilha', de Abel Barros Baptista.
Música: 'Ancient manuscript: Fragment of stasimon de Orestes, Euripides', Nikos Konstantino
Ainda a propósito do Teatro..."Palavras de Bolso" Palavras de Bolso: 'Os benefícios da salsaparrilha', de Abel Barros Baptista.
Música: 'Ancient manuscript: Fragment of stasimon de Orestes, Euripides', Nikos Konstantino
sábado, 21 de março de 2020
Dia da Poesia com Manuel Alegre
Balada do poema que não há
Quero escrever um poema
Um poema não sei de quê
Que venha todo vermelho
Que venha todo de negro
Às de copas às de espadas
Quero escrever um poema
Como de sortes cruzadas
Quero escrever um poema
Como quem escreve o momento
Cheiro de terra molhada
Abril com chuva por dentro
E este ramo de alfazema
Por sobre a tua almofada
Quero escrever um poema
Que seja de tudo ou nada
Como quem escreve o momento
Cheiro de terra molhada
Abril com chuva por dentro
E este ramo de alfazema
Por sobre a tua almofada
Quero escrever um poema
Que seja de tudo ou nada
Um poema não sei de quê
Que traga a notícia louca
Da história que ninguém crê
Ou esta afta na boca
Esta noite sem sentido
Coisa pouca coisa pouca
Tão aquém do pressentido
Que me dói não sei porquê
Que traga a notícia louca
Da história que ninguém crê
Ou esta afta na boca
Esta noite sem sentido
Coisa pouca coisa pouca
Tão aquém do pressentido
Que me dói não sei porquê
Quero um poema ao contrário
Deste estado que padeço
Meu cavalo solitário
A cavalgar no avesso
De um verso que não conheço
Meu cavalo solitário
A cavalgar no avesso
De um verso que não conheço
Que venha de capa e espada
Ou de chicote na mão
Sobre esta noite acordada
Quero um poema noitada
Um poema até mais não
Ou de chicote na mão
Sobre esta noite acordada
Quero um poema noitada
Um poema até mais não
Quero um poema que diga
Que nada há que dizer
Senão que a noite castiga
Quem procura uma cantiga
Que não é de adormecer
Que nada há que dizer
Senão que a noite castiga
Quem procura uma cantiga
Que não é de adormecer
Poema de amor e morte
No reino da Dinamarca
Ser ou não ser eis a sorte
O resto é silêncio e dor
Poema que traga a marca
Do Castelo de Elsenor
Ser ou não ser eis a sorte
O resto é silêncio e dor
Poema que traga a marca
Do Castelo de Elsenor
Quero o poema que me dê
Aquela música antiga
Da Provença e da Toscânia
Vinho velho de Chianti
Com Ezra Pound em Rapallo
E versos de Cavalcanti
Ou Guilherme de Aquitânia
Dormindo sobre um cavalo
Aquela música antiga
Da Provença e da Toscânia
Vinho velho de Chianti
Com Ezra Pound em Rapallo
E versos de Cavalcanti
Ou Guilherme de Aquitânia
Dormindo sobre um cavalo
E com ele então dizer
O meu poema está feito
Não sei de quê nem sobre quê
O meu poema está feito
Não sei de quê nem sobre quê
Dormindo sobre um cavalo
Quero o poema perfeito
Que ninguém há-de escrever
Que ele traga a estrela negra
Do canto e da solidão
Ou aquela toutinegra
De Camões quando escrevia
Sôbolos rios que vão
Que ninguém há-de escrever
Que ele traga a estrela negra
Do canto e da solidão
Ou aquela toutinegra
De Camões quando escrevia
Sôbolos rios que vão
Que venha como um destino
Às de copas às de espadas
Que venha para viver
Que venha para morrer
Se tiver que ser será
E não há cartas marcadas
Só assim poderá ser
O poema que não há
Às de copas às de espadas
Que venha para viver
Que venha para morrer
Se tiver que ser será
E não há cartas marcadas
Só assim poderá ser
O poema que não há
Manuel Alegre, do livro “Babilónia”, 1983.
quinta-feira, 19 de março de 2020
Pê de Pai
Porque hoje comemoramos o dia do pai, aqui vai uma lindíssima mensagem feita livro, de Isabel Martins e Bernardo carvalho.
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