sexta-feira, 27 de junho de 2025

Atividades de leitura e do pensar

 Algumas das atividades de leitura realizadas no âmbito do diagnóstico da fluência leitora permitiram explorar de um modo mais estruturado com as crianças algumas questões que elas levantram a partir das ideias que, neste caso, Os tesouros do Leopoldo permitiam construir. Essas questões foram apresentadas na fase final da atividade, a partir da ilustração criada para o tema e questões apresentadas na história.

A filosofia para crianças não procura apresentar as ideias da filosofia clássica, ou o pensamento abstrato, mas apenas, suscitar o pensamento e levá-lo a questionar o próprio ato de pensar em aspetos práticos e acessíveis do quotidiano. As crianças têm muitas perguntas com elas e, tal como adultos estão no mundo no qual procuram encontrar o sentido das coisas que as rodeiam. 

O ato de perguntar e de dar a sua opinião é assim o centro da filosofia para crianças. Na EB1 de Rio Mau, as crianças do 2.º ano deram mostras de uma capacidade filosófica extraordinária pelas perguntas que a história lhes colocou, como responderam com uma ilustração e como esta suscuitou outras perguntas e ideias. Foi um momento muito bonito e é o sempre, quando o pensamento é capaz de ser com o raciocínio e a emoção algo que fala sobre cada um individualmente. Para este exercício cultiva-se muito a contemplação sobre as coisas, algo de que muito se necessita em tempos de fundamentalismo do digital que alarga a irrealidade a vida. É essencial que a formação e a educação incentivem essa aproximação ao autoconhecimento em cada um e desde cedo na vida.

Nesta atividades diversas crianças deixaram à volta das questões cinco ideias admiráveis. Seria bom que enquanto adultos percebêssemos o seu alcance e o poetancial que o pensar filosoficamente permite desenvolver.

A fotografia não ficou muito percetível, pelo que se deixa algumas das suas expressões, sobre as quais tentamos pensar em conjunto, sem procurar respostas certas, mas apenas pensar sobre o que elas permitiam dizer a cada um.

  • "O coração dá coragem";
  • "A nossa família é o nosso coração";
  •   O amor traz força"; 
  • "O amor dá-nos harmonia" e
  • "O coração é que sabe o que gostamos".

            



Fluência leitora

 



A Biblioteca do agrupamento participou nas atividades do diagnóstico da fluência leitora com a realização de seis atividades de leitura orientada com base nos seguintes livros escolhidos pelos docentes:
  • Os tesouros de Leopoldo, de Deborah Macero;
  • A grande fábrica de palavras, de Agnès de Lestrade.
  • A árvore generosa, de Sherl Silverstein
As atividades foram desenvolvidas com base numa guião de leitura orientada nas suas diferentes fases, antes da leitura, durante a leitura e depois da leitura. Os alunos foram convidados a explorar cestas literárias, encontrar com os objetos um percurso para cada história, ouvir a história, construir relações de significado entre aspetos escolhidos da narrativa, pensar em algumas questões levantadas pela leitura da mesma e criar uma ilustração sobre um dos aspetos para si com significado. As ilustrações foram individualmente apresentadas e em grupo pensou-se sobre esses aspetos escolhidos individualmente.

Alguns dos trabalhos realizados a partir da atividade com Os tesouros do Leopoldo.


 


 

 

Alguns dos trabalhos realizados no Centro escolar ABL, na EB1 de Rio Mau e na EB1 de Touguinhó.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Atividades de leitura - "Espera, Miyuki" (II)

 Espera, Miyuki é uma história escrita por Roxane Marie Galliez e ilustrada por Song Soun Ratanavanh e que nos traz o imaginário da contemplação, do tempo lento, da observação da natureza e do que isso pode-nos ensinar apara a observação do que nos rodeia. A história recupera o imaginário oriental e em particular aquele que encontramos no Japão onde a relação com a natureza, com os seus elementos é uma forma de nos conduzir entre a brevidade das coisas e asua extraordinária beleza. 

Após a leitura desta história os alunos foram convidados a pensar na atitude da MiYuki e o que ela conseguiu aprender nessa observação das coisas. Entre a pressa de encontrar e a espera pelo tempo das coisas naturais o que podemos observar e pensar. A partir do pensamento de algumas ideias em grupo, os alunos fizeram algumas ilustrações que se dá conta de seguida.

O caminho de Miyuki pelas coisas ...
 


 


 

 

ABL - 1.º ano

Atividades de leitura - "Espera, Miyuki"

 

"Terra azul, lua laranja: a primavera enfeitava-se
para a sua primeira aurora. Miyuki, já a pé,
corria descalça entre as áleas do jardim. Queria
ter a certeza de que tudo estava a postos.

- Levanta-te, Avô, levanta-te: O dia despertou antes de ti!

- Espera, Miyuki. O dia não se vai já embora. Deixa-me
aproveitar a minha almofada macia e os primeiros
raios de sol que me entram pela janela.

- Olha que perdes o último luar de inverno: Depressa, Avô!
Levanta-te, para ainda o apanhares!

O avô seguiu Muyuki no carreiro. Curvando-se ao vento ainda frio, os dois saudavam as flores que desabrochavam.

- Bom dia, cerejeira! Bom dia, erva-doce!
Bom dia, botões de flores!

Miyuki saltitava e o Avô apressava-se atrás dela.
Porém, entre o musgo, uma pequena flor preguiçava,
ensonada, e parecia ignorar o canto da primavera.

- Acorda, pequena flor, acorda!

- Espera, Miyuki. Nem todas as flores dançam ao
mesmo tempo. Esta é frágil e preciosa, está à espera
da água mais pura para acordar as suas pétalas."

Galliez, Roxane Marie; Ratanavanh, Seng Soun.  (2020). Espera, Muyuki. Lisboa: Orfeu Negro.

(leitura realizada com as crianças do 1.º ano - ABL)


sexta-feira, 13 de junho de 2025

Top - Livros: 3.º Período

 




 

                                          Livros mais requisitados no 3.º período - Requisição domiciliária

Top Leitores - 3.º Período

 


Os Leitores que integram o Top5 com mais requisições durante o 3.º período. A todos eles os nossos parabéns!

  • Beatriz Baeta Ferreira
  • Francisca Carvalho Bastos
  • Lucas Filipe Rodrigues Coutinho Costa
  • Dinis Ferreira Faria
  • Vitória Alexandra Rodrigues da Costa
Num pequeno encontro os alunos que participaram no Projeto "Miúdos a Votos" e que foram os melhores leitores no 2.º e 3.º períodos receberam da Biblioteca, um livro, um marcador e uma esferográfica de reconhecimento da sua participação e de incentivo para que nos dias à frente possam fazer do livro e da leitura uma companhia regular.


sexta-feira, 6 de junho de 2025

Atividades de leitura - As quatro Estações (III)

 Leitura e audição de "As Quatro Estações", escrito por Jose AntonioAbad Varela, a partir do qual se fez uma atividade de leitura e ilustração. Obra que explora narrativamente os sons de Vivaldi.

Primavera

"A primavera despertava. O esquilo vermelho tinha passado quase todo o inverno abrigado na toca, aconchegado aos seus irmãos para aguentar o frio. Os céus cinzentos e as chuvas copiosas tinham feito daquele inverno uma estação muito inóspita. Mas, por fim, o céu lá clareava e permitia desfrutar os raios de um tímido sol."

O Verão

"Os dias passavam rapidamente e o sol aquecia cada vez mais, fazendo com que a respiração se tornasse lenta e difícil. Para trás, ficava a amena temperatura da primavera. Mas as árvores transbordavam de folhagem e, assim, o bosque resistia ao sufocante calor do verão."

Outono

"Passados alguns dias o bosque começou a pintar-se de um vermelho intenso: o outono tinha chegado. As árvores ofereceram ao vento as folhas que se desprendiam dos seus ramos."

Inverno

"Os esquilos já tinham recolhido provisões para passar o inverno. Também guardaram no seu esconderijo uma grande quantidade de pelo das crinas do cavalo. O seu instinto relembrava-lhe que a humidade, o frio e a neve iriam permanecer ali durante muito tempo."


                                                                                           ABL - 4.º ano                                                                           

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Encontro com o escritor Pedro Brito

 

 

No dia trinta de maio alguns alunos do 8.º ano puderam ter um encontro com o ilustrador Pedro Brito, no contexto da Educação Visual e do que a arte pode criar como elemento narrativo com as ideias que em si se expoem em diferentes modos.

Escrever, desenhar, ilustrar são diferentes formas de sonhar com algo que é a representação do mundo e que é igualmente uma linguagem de com esse olhar procurar revelar uma ideia, um sonho, algo que é uma expressão de identidade e de transformação. 

Afinal o que fazemos com os sonhos, com as suas múltiplas visões, as suas possibilidades que se desenham em cada um de nós? E como pode o desenho e a ilustração, como metodologia de trabalho dar corpo a essas ideias que vão aflorando em cada um? Que papel tem a música, os cheiros e os sons dos lugares para a criação artística? O que faz um criador sê-lo, o talento ou o trabalho continuado? Os materiais tradicionais (o papel, os riscadores, os guaches) ou o digital na criação de uma ilustração?

Foram estas as questões pensadas neste encontro  e que se revelou muito interessante pela experiência partilhada e pelas questões colocadas pelos alunos. No final o ilustrador Pedro Brito partilhou alguns dos seus trabalhos em diferentes momentos de criação. Foi uma sessão de grande enriquecimento pelos testemunhos e diálogos desenvolvidos.

Atividades de leitura - As quatro Estações (II)

 A representação d euma estação do ano, a partir da leitura da obra "Quatro Estações" 

 

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ABL - 3.º ano

Atividades de leitura - As quatro Estações (I)


Na audição de uma melodia, pode esta transportar-nos para uma imaginação sobre as coisas, de modo a que um invente algo entre esses sons abertos e livres? 

Fechando os olhos e imaginando uma floresta, uma jradim de árvores diversas, o que esses sons nos permitem pensar e imaginar? Foi esse exercício que foi feito com as crianças do 3.º / 4.º anos (ABL) e com ele se procurou verificar como as palavras de uma história se podiam conciliar com esse pensamento.

José Antonio Abad Varela escreveu uma história sobre as quatro estações do ano, a partir das melodias de "As quatro estações" de Vivaldi. Cada estação doa no representa uma melodia e perceber como uma história se liga a uma representação musical é um exercício de incentivo à imaginação e à criação de imagens.

Da audição dos sons e da música de Vivaldi executada por Sarah Chang pensaram os alunos numa estação, nas suas cores e na sua representação pictórica. No post seguinte dar-se-á conta de alguns desses trabalhos

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Dia do Autor Português

 


Dia do Autor Português:

Uma língua ou uma forma de expressão de uma cultura é a sua marca mais significativa. Mais que o seu território, o que conduz uma cultura, já que as civilizações na sua construção mais significativa desapareceram do mundo contemporâneo, são as suas diferentes formas de expressão e os modos como designam o mundo e como o olham. Nesse vocabulário de uma língua, sejam palavras ou cores, sons ou sinais, conhecê-los e usá-los marcam os limites do que cada um nascido nessa herança poderá vir a construir e a sonhar