sexta-feira, 30 de maio de 2025

Encontro com o escritor Pedro Brito

 

 

No dia trinta de maio alguns alunos do 8.º ano puderam ter um encontro com o ilustrador Pedro Brito, no contexto da Educação Visual e do que a arte pode criar como elemento narrativo com as ideias que em si se expoem em diferentes modos.

Escrever, desenhar, ilustrar são diferentes formas de sonhar com algo que é a representação do mundo e que é igualmente uma linguagem de com esse olhar procurar revelar uma ideia, um sonho, algo que é uma expressão de identidade e de transformação. 

Afinal o que fazemos com os sonhos, com as suas múltiplas visões, as suas possibilidades que se desenham em cada um de nós? E como pode o desenho e a ilustração, como metodologia de trabalho dar corpo a essas ideias que vão aflorando em cada um? Que papel tem a música, os cheiros e os sons dos lugares para a criação artística? O que faz um criador sê-lo, o talento ou o trabalho continuado? Os materiais tradicionais (o papel, os riscadores, os guaches) ou o digital na criação de uma ilustração?

Foram estas as questões pensadas neste encontro  e que se revelou muito interessante pela experiência partilhada e pelas questões colocadas pelos alunos. No final o ilustrador Pedro Brito partilhou alguns dos seus trabalhos em diferentes momentos de criação. Foi uma sessão de grande enriquecimento pelos testemunhos e diálogos desenvolvidos.

Atividades de leitura - As quatro Estações (II)

 A representação d euma estação do ano, a partir da leitura da obra "Quatro Estações" 

 

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ABL - 3.º ano

Atividades de leitura - As quatro Estações (I)


Na audição de uma melodia, pode esta transportar-nos para uma imaginação sobre as coisas, de modo a que um invente algo entre esses sons abertos e livres? 

Fechando os olhos e imaginando uma floresta, uma jradim de árvores diversas, o que esses sons nos permitem pensar e imaginar? Foi esse exercício que foi feito com as crianças do 3.º / 4.º anos (ABL) e com ele se procurou verificar como as palavras de uma história se podiam conciliar com esse pensamento.

José Antonio Abad Varela escreveu uma história sobre as quatro estações do ano, a partir das melodias de "As quatro estações" de Vivaldi. Cada estação doa no representa uma melodia e perceber como uma história se liga a uma representação musical é um exercício de incentivo à imaginação e à criação de imagens.

Da audição dos sons e da música de Vivaldi executada por Sarah Chang pensaram os alunos numa estação, nas suas cores e na sua representação pictórica. No post seguinte dar-se-á conta de alguns desses trabalhos

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Dia do Autor Português

 


Dia do Autor Português:

Uma língua ou uma forma de expressão de uma cultura é a sua marca mais significativa. Mais que o seu território, o que conduz uma cultura, já que as civilizações na sua construção mais significativa desapareceram do mundo contemporâneo, são as suas diferentes formas de expressão e os modos como designam o mundo e como o olham. Nesse vocabulário de uma língua, sejam palavras ou cores, sons ou sinais, conhecê-los e usá-los marcam os limites do que cada um nascido nessa herança poderá vir a construir e a sonhar

terça-feira, 20 de maio de 2025

Herbário - dos poemas de Luís de Camões

 A partir do fundo documental de uma exposição realizada pela Universidade de Coimbra há alguns anos, os alunos do 6.º B tiveram contacto com alguns dos poemas de Luís de Camões e observando a flora contida na sua obra poética representaram alguns dos exemplares que de seguida se apresentam:

O Loureiro (Lusíadas, Canto III. 97)              Murta (Lusíadas, Canto IX. 57)

 

Lirío (Odes)                                        Jacinto das Areias (Elegia)


                             Narciso (Lusíadas Canto IX. 10)                                 Carvalho (Sonetos)
 

Alunos do 6.º B

(em atualização...)

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Dia mundial da língua portuguesa

 


"O amor" de Fernando Pessoa


"Livro", de Luísa Ducla Soares


"Aniversário", de Fernando Pessoa


"Segue o teu destino", Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa.


"Poema do coração", de Fernando Pessoa.

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sexta-feira, 2 de maio de 2025

Em maio - "As Maias"


Em maio surge uma festividade muito ligada ao mundo rural, mas de grande importância para a valorização da Terra como sistema de vida e de espiritualidade. No início de maio é costume celebrar-se "as Maias". Trata-se de uma festividade antiga que remonta aos tempos mais antigos. Assim, desde as civilizações agrícolas na Pré-História diversas culturas celebraram o culto da fertilidade da Terra. As culturas pagãs também foram muito marcadas pelas "Maias", nomeadamente nos Celtas e mais uma vez a sua finalidade era invocar a proteção da Natureza. Esta tradição mantém-se e hoje caracteriza-se pela colocação de giestas amarelas na porta da casa de cada família.

"As Maias" estão ligadas ao fim do Inverno e ligam-se à ideia de proteção e de fertilidade da Natureza, anunciando a Primavera, de um modo mais efusivo. A escolha das giestas justifica-se pela facilidade em serem colhidas no campo e escolhem-se as amarelas, pois elas têm um significado muito ligada à cor e à vida.
A civilização romana já comemorava "as Maias". Na verdade "Maia" era a deusa romana da fecundidade e era a deusa mãe de Mercúrio, que era o mensageiro dos deuses na mitologia romana. Roma celebrava a Floralia que se realizava no início de maio e que procurava celebrar a deusa Flora e a própria Primavera.
Existem diferentes narrativas ligadas às "Maias" na cultura cristã, como suporte da história bíblica no Egito e da proteção de Jesus nesse seu caminho.
Em diferentes países europeus esta tradição mantém, embora com particularidades próprias, como seja "O mastro de Maio" na Europa Central, ou o "Maio-Moço", como é conhecido em algumas regiões de Portugal. No Minho a colocação de giestas durante a noite anterior a um de maio simboliza a proteção para os dias primaveris e que os "maus espíritos" sejam afastados. É genericamente uma festividade ligada aos rituais agrícolas e aos tempos da Terra. É uma festividade muito interessante e marcante para nos recordar a nossa ligação aos elementos essenciais da vida e do planeta, na conexão com tudo o que vive em cada ser humano, na sua própria espiritualidade de evocação do natural.

Iniciando maio - o mês da liberdade

 “No mês de maio que é o mês da liberdade …”

Amanhã não estaremos já neste lugar 
amanhã a cidade já não terá o teu rosto
e a canção não virá cheia de ti 
escrever em cada árvore o teu nome verde.


Amanhã outros passarão onde passámos
farão os mesmos gestos dirão as mesmas palavras
dirão um nome baixo um nome loucamente
como quem sobre a morte é por instantes eterno.

Amanhã a cidade terá outro rosto.
Nós não estaremos cá. Mas a cidade
já não será contra o amor amanhã quando
os amantes passarem na cidade livre.

Nós não estaremos cá. Voltaremos em maio
quando a cidade se vestir de namorados
e a liberdade for o rosto da cidade nós
que também fomos jovens e por ela e por eles

amámos e lutámos e morremos
nós voltaremos meu amor nós voltaremos sempre
no mês de maio que é o mês da liberdade
no mês de maio que é o mês dos namorados. 

 Manuel Alegre, "Nós voltaremos sempre em maio"

Imagem, in http://takaclip.tumblr.com/